O home office, apesar de parecer uma herança da pandemia, já tinha alguns poucos adeptos no mercado de trabalho brasileiro, mas o que era para ser uma medida de segurança temporária em março de 2020, se tornou a preferência de muitos trabalhadores atualmente.
O debate do trabalho presencial x home office x híbrido acontece desde então e você consegue encontrar muitas pessoas defendendo os três tipos de modalidade.
Enquanto muitas pessoas se encontraram no trabalho online, outros ficaram felizes com a volta do regime 100% presencial, enquanto outros preferem mesclar a ida ao escritório com trabalhar de casa.
Cada funcionário tem suas preferências e passados dois anos desde o início do isolamento, já conseguem entender de que forma funciona a sua produtividade, conseguindo optar pela melhor forma de trabalharem.
Sabemos que existem contextos em que o trabalhador prefere por um determinado tipo de regime de trabalho e a empresa na qual ele trabalha exige outro tipo de modalidade, mas apesar disso, o trabalho híbrido ou remoto já tem seu espaço estável no mercado brasileiro.
Muito disso tem relação com as mudanças ocasionadas pela great resignation e great reshuffle, em que condições mais saudáveis entre vida pessoal e profissional foram reivindicadas, e hoje falaremos de um desdobramento dessas demandas: a paranoia da produtividade.
Acompanhe a leitura para saber mais sobre o assunto!
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O que é paranoia da produtividade?
A Microsoft divulgou no Relatório Especial do Índice de Tendências de Trabalho, um artigo chamado Hybrid Work Is Just Work. Are We Doing It Wrong? e trouxemos alguns insights dessa pesquisa.
As informações foram colhidas dentro do Microsoft 365, em conjunto com as tendências de trabalho do LinkedIn e outras descobertas feitas pela Glint People Science.
Nesse estudo, foram entrevistadas mais de 20.000 pessoas em 11 diferentes países e o primeiro alerta que a análise mostrou foram dados sobre a produtividade, vista de duas óticas: dos líderes e dos liderados.
As pessoas sabem que estão trabalhando mais do que nunca, visto que os sinais de produtividade dentro da plataforma da Microsoft (sistema muito usado em ambientes corporativos) continuam aumentando.
Alguns dados trazidos pela pesquisa informam que:
- O número de reuniões por semana aumentou 153% globalmente desde o início da pandemia (dados de um usuário médio do Microsoft Teams)
- Em 2021, as reuniões sobrepostas aumentaram 46% por pessoa
Mas esses números entram em conflito quando comparados com os dados obtidos da liderança, em que 85% deles disseram ser difícil confiar que os seus funcionários estejam sendo produtivos desde que mudaram para o regime híbrido de trabalho.
E é por conta desses dados discrepantes que a paranoia da produtividade ganhou espaço, porque embora os números mostrem dados que comprovam um aumento, a liderança teme por uma perda de produtividade na equipe.
É importante frisar aqui, que em um regime híbrido ou remoto de trabalho, por mais que os gestores não consigam ver, literalmente, seus funcionários em ação e trabalhando, é preciso considerar outras coisas nesse contexto.
Essa mesma pesquisa mostrou que 38% dos gerentes que lideram equipes híbridas informaram que tem menos visibilidade do trabalho que o seu time está realizando.
Enquanto isso, os liderados sentem essa pressão em torno da produtividade absoluta e precisam, a todo custo, provar que estão realizando suas tarefas, sendo assim, a tensão nesse ambiente digital cresce a cada dia.
Como driblar a paranoia da produtividade?
Se essa situação continuar por muito mais tempo, o trabalho híbrido e remoto se tornará mais difícil a cada dia, pois a relação de confiança entre gerência e funcionários pode ruir.
Em um ambiente em que os funcionários se sentem pressionados a mostrarem que estão trabalhando, pois seus resultados não são vistos como suficiente pelo líder, poderão a vir acontecer muitas situações delicadas e irreversíveis.
Nesse caso estamos falando, por exemplo, de funcionários desenvolvendo síndrome de burnout, que é uma doença desenvolvida em razão do ambiente profissional.
Existe também a possibilidade do aumento de turnover na empresa, pois os funcionários se sentirão desmotivados e buscarão outras oportunidades de trabalho em que não precisem lidar com esse tipo de pressão vinda da liderança.
81% dos funcionários dizem que é importante que seus gerentes os ajudem a priorizar sua carga de trabalho, mas menos de um terço (31%) diz que seus gerentes já deram orientações claras durante reuniões individuais.
1. Priorizar tarefas:
Para início de conversa, é preciso que os líderes auxiliem seus times com relação a priorização das tarefas, pois o tempo pode ser melhor direcionado quando o funcionário sabe exatamente no que deve focar seus esforços.
Além disso, é importante que esses direcionamentos sejam feitos de maneira clara e objetiva, não apenas para otimizar o tempo, mas para que o trabalhador saiba o que é esperado dele, contribuindo assim, para um melhor desenvolvimento desse profissional.
Porém, é importante que essas pessoas sejam orientadas de acordo com os valores e objetivos da empresa, a fim de que todos os funcionários estejam alinhados e em busca desse propósito em comum.
O estudo ainda trouxe a reflexão de que
“Definir o que não importa é tão importante quanto definir o que importa — em um mundo onde tudo é importante, nada é.”
Portanto, analisar as demandas e garantir que elas estejam alinhadas com a meta da área ou empresa, garante que nenhum tempo está sendo usado de forma desnecessária.
A chave para a (im)produtividade pode estar justamente aí: quando os funcionários passam tempo realizando tarefas que não precisariam ser feitas, em detrimento de outras que são mais importantes.
2. Aplicar feedbacks
No caso da falta de priorização das tarefas, estamos lidando com o empenho de uma pessoa, que por falta de orientação sobre as demandas, teve seu tempo empregado de maneira incorreta, surgindo assim o sentimento de improdutividade.
E isso acontecendo diariamente, por meses, pode levar ao que a Microsoft chamou de paranoia da produtividade. A longo prazo, essa conduta cobrará caro tanto do funcionário, quando da liderança e empresa.
Ter uma cultura de aplicação de feedbacks é muito importante para reforçar laços de confiança mútua, além de incentivar bons comportamentos e corrigir o que foge do esperado, então também é possível fornecer feedbacks para driblar a paranoia da produtividade
A pesquisa relatou que, em empresas que usam feedbacks para promover mudanças, 90% desses funcionários se sentem mais satisfeitos e 89% são mais engajados com a organização.
A Mindisght conta com uma suíte de Performance e Recompensa com possibilidade de realizar feedbacks contínuos entre líderes e liderados, a fim de fornecer apontamentos práticos e objetivos acerca da conduta ou trabalho daquela pessoa.
Essa ferramenta foi desenvolvida justamente para ser uma opção dos feedbacks tradicionais, que em alguns casos, demandam um pouco mais de tempo e preparação.
Por isso não deixe de conhecer essa novidade na nossa ferramenta! Saiba mais sobre a aplicação de feedbacks contínuos falando com um dos nossos especialistas! Ou fale conosco diretamente pelo whats app, clicando no ícone abaixo!
Com o feedback contínuo, as recomendações são feitas de forma online e registradas em sistema, para facilitar o acompanhamento das ações.
Desta forma, fica mais rápido e prático manter uma rotina de contato entre gestores e time, que poderão dar e receber feedbacks, acertando o que deve ser realizado no dia a dia, alinhando a expectativa de ambos e fugindo da paranoia da produtividade.
