Learning Agility e Raciocínio Fluido: você sabe a diferença?

Learning agility e raciocínio fluido: duas medidas de potencial muito importantes, mas com significados, metodologias e aplicações bem diferentes.

De um lado, o learning agility é a medida de aprendizado frente às experiências. Ou seja, ele ajuda a entender em que nível uma pessoa realmente consegue absorver, aprender e evoluir com base em cada experiência vivida.

Já o raciocínio fluido é a habilidade cognitiva inata de uma pessoa. Ou seja, dada uma situação onde é preciso processar informações novas, qual é a capacidade de raciocínio do avaliado?

Já deu para perceber que os dois conceitos são complexos, mas ao mesmo tempo extremamente importantes para o contexto organizacional. Precisamos de pessoas com alto learning agility e raciocínio fluido para gerar resultados consistentes nas organizações.

Vamos entender então mais a fundo esses conceitos e aplicações? Veja o conteúdo que preparamos para você:

  1. Entenda o learning agility: potencial de liderança
    1. O conceito: aprendizado com experiências
    2. Confira a evolução do learning agility
    3. Conheça o learning agility da Mindsight
    4. Você sabe a importância do learning agility para lideranças?
  2. Entenda o raciocínio fluido: inteligência inata
    1. Você realmente sabe o que é raciocínio fluido?
    2. A ciência explica o raciocínio para você
    3. Como a Mindsight mede raciocínio fluido?
  3. Veja as principais diferenças entre learning agility e raciocínio fluido
learning agility e raciocínio fluido

Se você está procurando uma solução dentro desse tema, agende uma conversa para conhecer os testes de learning agility e raciocínio fluido da Mindsight.

1. Entenda o learning agility: potencial de liderança

O conceito: aprendizado com experiências

O conceito de learning agility, ou agilidade de aprendizado, vem ganhando cada vez mais notoriedade nos últimos tempos.

Esse destaque acontece porque o conceito tem sido aplicado para selecionar e desenvolver o potencial individual, contribuindo para avanços efetivos de resultados dentro do ambiente organizacional.

Segundo Lombardo e Eichinger, a definição de learning agility é:

A vontade e capacidade de aprender a partir da experiência e, posteriormente, aplicar esse aprendizado para agir com êxito em condições novas.

Logo, o conceito aborda um aspecto que muitas vezes falta nas estratégias de seleção e desenvolvimento: qual é a real predisposição dessa pessoa em aprender?

Confira a evolução do learning agility

Muitas tentativas foram feitas ao longo do tempo para desenvolver essa medida de agilidade de aprendizado. Foram feitas pesquisas com diferentes escopos e rigor empírico.

Temos os exemplos do Lombardo & Eichinger que estudaram a relação de potencial e aprendizado. Em uma linha um pouco diferente, falando do empoderamento do funcionário no ambiente de trabalho, temos o estudo de Spreitzer. Mas ainda havia espaço para desenvolvimento.

Um dos relatórios mais completos e reconhecidos sobre o assunto é o Burke Learning Agility Inventory. Baseado em outros estudos prévios, ele propõe uma forma de olhar para o learning agility a partir do seguinte conceito:

Learning agility é definido como o engajamento com comportamentos de aprendizagem para aumentar a capacidade de reconfigurar atividades rapidamente para atender às demandas variáveis do ambiente.

Separamos um vídeo do próprio Dr. Burke, criador do relatório e professor na Universidade de Columbia. Ele fala sobre o learning agility durante um dos eventos da universidade. Confira:

Estendendo uma análise prévia feita por DeMeuse, Dali e Hallenback, Burke adota a ideia de que o constructo do learning agility é uma meta-competência, ou um pré-requisito pra o desenvolvimento de outras competências.

Portanto, para avaliar o constructo seria necessário entender os antecedentes da aprendizagem. Alguns desses antecedentes listados pelos estudiosos foram: experiência passada, autoconsciência e habilidade para lidar com a complexidade.

Conheça o learning agility da Mindsight

Baseado na teoria do Burke e outras aplicações de mercado, a Mindsight criou o assessment de learning agility, focado em entender potencial de liderança com base em 5 aspectos:

  • AGILIDADE COM RESULTADOS​: Capacidade de tomar decisões difíceis e focar no que realmente é importante, para, de forma pragmáticaentregar resultados mais rapidamente
  • AGILIDADE COM PESSOAS​: Abertura para discussões e trabalho em equipe. A troca de feedbacks e debates frequentes gera oportunidades de aprendizados e mudanças
  • AGILIDADE COM MUDANÇAS​: Abertura para novas experiências e formas de realizar atividades, permitindo novos conhecimentos em áreas distintas e contato com formas diferentes de lidar com um problema, ganhando assim ferramental para novos desafios
  • AGILIDADE MENTAL​: Velocidade em captar novos conceitos e buscar entendê-los em sua essência e não apenas replicar. Entender novos conceitos abstratos permitindo a utilização da ideia em outros contextos
  • AUTOCONHECIMENTO​: Processo de análise dos erros e acertos antes e depois de um projeto. Essa reflexão ajuda a perceber onde melhorar e como aprender com os erros passados, permitindo que em outras ocasiões seja possível tomar decisões melhores

Por meio desse teste, o cliente consegue visualizar um relatório completo do avaliado, com resultado dos cinco aspectos, além de nota geral do teste e um fator extra de desejabilidade social.

O fator de desejabilidade social é um aspecto extra medido no teste que nos permite entender quanto das respostas do candidato tem base no que ele realmente acredita. Ou se ele respondeu baseando-se no que ele acredita que é mais bem aceito, ou seja, naquilo que as pessoas desejam ouvir.

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Você sabe a importância do learning agility para lideranças?

A maior preocupação e uso do learning agility é em relação ao contexto da liderança. Aprender é essencial para uma liderança eficiente.

As baixas taxas de sucesso registradas para liderança são um fator que explica essa importância. Segundo uma pesquisa da Hogan de 2009, a taxa de falha para pessoas em posições de liderança varia de 30 a 67%, com média de um líder falhando a cada dois analisados.

É visível que muitos erros são cometidos bem no começo, na seleção. Isso ocorre porque muitas pessoas são extremamente capacitadas tecnicamente, e com isso promovidas à posição de gestão.

Porém, estudos mostram que a correlação entre capacidade técnica e taxa de sucesso como líder é quase nula.

Logo, a posição de liderança exige novas habilidades, competências e perspectivas que você só aprende quando está exercendo a posição. E é nesse momento que um learning agility alto se mostra essencial.

Mas o erro não está só na seleção. Os líderes se desenvolvem, e esse desenvolvimento ocorre a partir de novas experiências.

Logo, as variações de sucesso entre os líderes ocorrem com base no acúmulo de experiências inovadoras e também da capacidade em aprender com essas experiências.

O que ocorre muitas vezes é que os maiores tomadores de decisões, os executivos, não compram a ideia de se desenvolver a partir dessa experimentação.

Rotacionar tarefas, trocar equipes e trabalhar com diferentes desafios é, no curto prazo, menos eficiente que focar em resultados e desempenho no que a pessoa já é melhor.

O verdadeiro desafio é mostrar para os gestores a importância e o impacto do aprendizado para a empresa como um todo. A aplicação de um assessment pode te ajudar a trazer mais embasamento para sua argumentação e mostrar caminhos claros para o desenvolvimento desses líderes.

2. Entenda o raciocínio fluido: inteligência inata

Outra habilidade essencial quando o assunto é potencial é o raciocínio fluido. Estamos falando aqui da habilidade cognitiva, ou seja, da nossa capacidade mental inata.

Essa habilidade é necessária ao longo de toda a carreira, e sua importância aumenta com a complexidade da posição.

Logo, também é uma questão importante para as lideranças. Quanto maiores as responsabilidades de um cargo, mais relacionamentos, informações e decisões a pessoa precisa processar. Seus compromissos e obrigações crescem à medida que sua posição na empresa aumenta.

Vamos entender então um pouco mais do conceito e suas aplicações a seguir.

Você realmente sabe o que é raciocínio fluido?

Quando falamos de testes de raciocínio fluído, temos como principal objetivo mensurar o constructo de inteligência fluida.

 A inteligência fluida é considerada a capacidade de resolver novos problemas de forma imediata, ou seja, de forma instintiva e com destreza. Esse método também inclui um pouco de raciocínio lógico, porém, é um conceito mais abrangente.

 Desse modo, os testes de raciocínio fluido buscam mensurar a inteligência fluida, quando um indivíduo é apresentado a situações que nunca esteve antes e tarefas que nunca praticou e que não podem ser realizadas imediatamente, sem pensar.

 Ou seja, é ideal para avaliar como o candidato se sai sob determinadas situações relativamente novas e quais são seus caminhos mentais para solucionar as tarefas de forma ágil e com eficiência.

A ciência explica o raciocínio para você

Uma das teorias mais amplamente aceitas sobre inteligência e raciocínio foi idealizada inicialmente por Raymond Cattel. Em 1942, ele analisou estudos prévios que falavam sobre capacidades primárias do ser humano e o fator g, conhecido como fator de inteligência geral.

Analisando correlações entre essas teorias, Cattel constatou a existência de dois fatores gerais de inteligência: um que seria inato e o outro adquirido ao longo do tempo.

Alguns anos depois, um outro cientista chamado John Horn confirmou os estudos de Cattell, e os fatores gerais passaram a ser designados como inteligência fluida e inteligência cristalizada, respectivamente.

A inteligência fluida (ou Gf – fluid intelligence) está associada a componentes não-verbais, pouco dependentes de conhecimentos previamente adquiridos e de influência de aspectos culturais.

Logo, esse fator corresponde às operações mentais que as pessoas utilizam diante de uma tarefa relativamente nova e que não pode ser executada automaticamente, ou seja, tarefas que necessitam de algum raciocínio para serem feitas.

Acredita-se que a inteligência fluida é mais determinada pelos aspectos biológicos (genéticos). Dessa forma, alterações orgânicas como lesões cerebrais ou problemas decorrentes da má nutrição influenciam mais a inteligência fluida do que a cristalizada.Como a Mindsight mede raciocínio fluido?

O teste de raciocínio fluido da Mindsight é baseado na metodologia CHC (Cattel-Horn-Carroll), que mede a inteligência fluida.

John Carrol foi o cientista que ajudou a expandir a teoria de Cattel e Horn, propondo três níveis para a cognição. Também propôs alguns métodos de medição do raciocínio fluido, que são os que a Mindsight utiliza nos nossos testes de recrutamento e seleção.

Para medir essa capacidade fluida, podemos olhar para tarefas que a exigem, como: a formação e o reconhecimento de conceitos, a identificação de relações complexas, a compreensão de implicações e a realização de inferências.

É por isso que o nosso teste é dividido em 6 seções, cada uma com exercícios de tipos diferentes das outras. O objetivo é reduzir a possibilidade de vieses por familiaridade ou afinidade com algum tipo de questão.

O teste de raciocínio fluido é uma ferramenta muito importante para otimizar a tomada de decisão das pessoas. Principalmente em posições versáteis e generalistas, ou posições que exigem resolução de problemas. É, portanto, um fator muito importante para garantir o desempenho.

Mesmo em posições de baixa complexidade, mais operacionais, que não exigem uma formação no ensino superior, algum nível de raciocínio é necessário. Por isso, a Mindsight conta também com uma versão do teste de raciocínio mais simples, que pode ser aplicada nesses casos.

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3. Veja as principais diferenças entre learning agility e raciocínio fluido

 

Neste texto tivemos a oportunidade de aprofundar nos conceitos de learning agility e raciocínio fluido, para que ficasse bem claro o que cada um significa. Além disso, conseguimos explorar suas aplicações e entender por que ambos são tão importantes.

Para finalizar esta análise, compilamos as principais diferenças entre os dois conceitos. Confira:

  • HABILIDADE MENSURADA: O learning agility mede a capacidade de aprendizado diante de experiências. Já o raciocínio mede a habilidade cognitiva
  • UTILIZAÇÃO: O learning agility é tipicamente medido para seleção e desenvolvimento de líderes. Já o raciocínio geralmente é usado em uma gama mais ampla de processos seletivos
  • RELAÇÃO: A agilidade mental, um dos critérios do learning agility, é uma habilidade similar ao raciocínio. Portanto, em algum nível, os dois constructos se conectam.

Por fim, deixamos aqui uma citação de Thomas Chamorro-Premuzic, outro notável pesquisador da psicologia organizacional:

Learning agility is critical for today’s leaders: if leaders can’t learn from experience and acknowledge past mistakes to avoid repeating them, they will become a liability.

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